Embriagado, saudoso,
Reflexivamente triste estou,
Sonolento e um tanto,
Como direi, animado a me mostrar,
Mostrar meus escritos e idéias,
Não sei se por embriaguês ou,
Instiga mesmo, no momento,
Estou em minha casa, só em
Minha cama escrevendo,
Apenas, pelo prazer de fazê-lo
E nada mais, sem pessoas,
Estudos ou projetos,
Apenas escrevo, por saber que o faço e o quero.
Eriko Renan
Tantas coisas escrevi,
Releio, tantas e tantas vezes,
E o otário continua aqui, com fome de ter fome
E de tempos em tempos sinto saudades,
Com a doce falta que me faz,
E as lembranças de vida,
Habita-te um deixozo sorriso de rugas,
Às vezes, só as vezes,
Tenho um reflexo de felicidade,
Mostrando uma vida, uma gota de vida
E eu em meu tempo
Desbotando dia-dia,
Pouco existo.
Eriko Renan
Olho no espelho,
Vejo um homem e suas capas,
Retiro-as, e olho de novo,
Agora me vejo, um garoto,
Com medo,
De não voltar a ser o que é,
Medo que a capa vire pele.
Preciso dormir, jogar as capas fora,
Correr novamente atrás de sonhos,
Ir para sei La onde,
E encontrar uma forma de não ser serio.
Não tenho coragem,
Coloco as capas e apenas fico.
Eriko Renan
Altos e baixos, do mundo
E da vida,
Tudo vai, nada fica,
Tudo para, não para,
E novamente é belo,
Existe muito,
Pouco existo,
Mas ainda tenho uma bela vista.
Eriko Renan
Eu sempre me atrai mais,
Pelos fracos que pelos fortes.
Sempre preferi abraçar,
Os que choram e não os que riem,
Minha felicidade já foi maior ou não,
Na solidão
porque...
Cansei de minha velha mania,
Acho que agora quero os fortes,
Não quero mais escrever poemas de sangue.
Eriko Renan
