quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


Soluções... um cantarolar triste de uma bela moça, uma conversa sem pretensão com amantes. Portas fechadas, trancadas por fora. Algum gole, alguns tragos, lagrima e sorrisos, uma ou duas pessoas se fazem janelas. 

domingo, 16 de dezembro de 2012

João São


Todos loucos, loucos, e veja só! Eu, o único "São" nessa merda, carrego o peso de tentar ajudar todos esses merdas. Estou cansado, puto. Todo esse peso, todo esse fardo, que eu mesmo me propus. Ninguém mais será ajudado. Serei um louco também, já que é assim, fodam-se. Que eu já tô na merda mesmo. Serei mais um ser em cima da terra. Que não vive ou morre... ou melhor, não serei nada...

domingo, 18 de novembro de 2012

Inspirapoesiação



E de repente o natural se torna indispensável, e o multicolorido torna-se preto e branco. É preciso inspirar a ação e expirar poesia. É preciso inspirar poesia e expirar a ação. É preciso se mutilar para continuar vivo, mesmo sem um pedaço teu, mesmo sem o essencial...
É preciso sentir a culpa pra que nada seja em vão, pra que de alguma forma esse sofrimento seja ainda pior.
E essa mutilação seja natural e depois indispensável.

Nesse momento, se fez poesia... inspire...

segunda-feira, 17 de setembro de 2012


A torneira a pingar, apenas obriga Eri Naner a perceber quanto o tempo demora a passar.  Enquanto nitidamente lembra-se dos sorrisos, e da musica tragada e compartilhada por amantes. As lagrimas escorrem como um acido pelo seu rosto, e o sorriso se abre para abraçar aquela lembrança que fere. Por fim, ele dorme, na esperança de sonhar com o que lhe foi real.

E de repente chega-me a raiva,
Numa voz inesperada e desnecessária,
E eis que a recebo de bom grado,
Só tenho uma coisa a fazer,

Dou meu ultimo trago e passo adiante.
A-deus.

sábado, 19 de maio de 2012

Só - brio



Pisando no chão e sentindo que está lá
Estou sóbrio e só, num madrugada qualquer...
Triste e linda (a tristeza não nega sua beleza).
Nostálgica,
Sinto uma vontade gigante de continuar andando sem saber onde vou parar.
Estou cansado de minha sobriedade...
E olhando nos olhos do desapego, volto para casa e leio “embriague-se” de Baudelaire.
Porque estou sóbrio?


Julia sorri. Logo de manhã cedinho ela acorda pensando no sonho que teve, mas logo vai para o trabalho. Sonhou que sabia voar. Como é belo seu sonho, Julia caminha tranquilamente num campo coberto de flores. O céu a observa, a chama, e ela apenas caminha, observando a arvore que se move num balé quando o vento a conduz, os pássaros que brincam livres por entre as arvores e o vento, ela sonha. Julia corre até o topo de uma colina, e lá ela espera, e lá ela sorri, o vento a conduz, ela inclina seu corpo para frente e sente seus pés saírem do chão, fecha os olhos e sorri novamente. Seu voo lembra o de uma pipa. Que lindo aquele momento, seu pairar, seu amor pela liberdade. Uma sensação que não sentirá novamente.
Julia sorri, no meio do matadouro, um fedor infernal, ela observa os urubus pairando no ar a espera de alguma carniça, ela se lembra do sonho e deseja de alguma forma ser aquele urubu.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Encontrar-se para que?


Enquanto vagava pelo mundo, a procura de algo para procurar, PAREI, olhei timidamente para dentro de um boteco chamado “O Próprio”. Entrei; vi-me cotidianamente sentado em frente ao balcão. Me encontrei, sentei ao meu lado, pedi uma pinga, e um cigarro –um trago, um gole, um trago, um gole- um tanto embriagado me voltei para meu eu que apenas olhava para o nada, pensei ter encontrado o que procurava procurar. Dei um ultimo trago sorri para mim e fui embora.

domingo, 6 de maio de 2012


O mar está lindo, num vai e vem calmante, mergulho pleno, e lá fico, dentro d’água, lá no fundo, apenas sentido, toda aquela paz, apenas pensando no nada, transcendendo por pensamentos lindos. Falte-me ar, tenho que voltar...  Força, folego, força...

domingo, 15 de abril de 2012

Morte aos Imortais


Esse corpo não é meu, essa mente não é minha,
Minha, é essa simpatia borrada de amargura.
O mundo muda todo dia, evolui, pensa, renasce,
eu continuo igual, o mesmo nada,
estaguinei...
estou me caricaturando, noite após noite...
num sentimento imortal.

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domingo, 15 de janeiro de 2012

O Som do Acalanto


A faca é tua, o punhal é teu...
Corta tua carne nua,
E cospe em teu próprio rosto,
E chupa teu sexo violado,
Não tens ninguém, nem mesmo contra vontade,
Corta teus pulsos frágeis
E espera que o teu sangue vá ao teu redor te acalentar.