quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Meu eu olho.

Um cão andaluz
Alguem soprando meus olhos,
é assim que me sinto,
fragil, com medo,
como meus olhos, que com o mínimo contato,
SE fecham,
se escondem, para abrir rapidamente depois,
depois...
que se torna uma eternidade,
quando existe o desejo de olhar,
quando existe alguém para amar.

Tenho medo de tentar ser feliz!


O colo da mãe

O que eu preciso é de sorte,
eu preciso da morte,
- A quanto tempo não falava com você,
estava com saudade,
de tua calma,
de tua alma,
minha bela e amada morte,
dai-me a sorte de te ter
em meus braços,
de me ter em teu seio.
Deixe-me beber mais uma vez,
desse liquido dos loucos,
dos que te amam,
assim como eu,
me perdoe por abandona-la,
por tanto tempo.

               Eri Naner

O sopro numa vela

Perdoa meus pecados,
Meu caro amigo, amar-te é eterno,
mesmo que a possibilidade não exista, peço teu perdão,
por ter sido fraco, medíocre muitas vezes.

Meu mal foi amar, meu mal sempre é amar,
me perco nessa possibilidade, nesse
sentimento eterno e bizarro
que assume nosso corpo e mente,

Em meus poucos momentos de sanidade,
eu tentei esquecer esse amor
e agir com o mínimo de respeito que te devo,
e que não sei como pagar tamanha divida.

Sei que palavras não adiantam, são só palavras,
mas sei que nesse momento,
é a unica coisa que posso te dar, e preciso dar,

Não quero perder as possibilidade,
com magoas, espero que tudo se re-nove,
e existam outros goles e tragos compartilhados,
espero que essa eternidade que falei não fique só aqui dentro...

                                                     Eri Naner