sábado, 19 de maio de 2012

Só - brio



Pisando no chão e sentindo que está lá
Estou sóbrio e só, num madrugada qualquer...
Triste e linda (a tristeza não nega sua beleza).
Nostálgica,
Sinto uma vontade gigante de continuar andando sem saber onde vou parar.
Estou cansado de minha sobriedade...
E olhando nos olhos do desapego, volto para casa e leio “embriague-se” de Baudelaire.
Porque estou sóbrio?


Julia sorri. Logo de manhã cedinho ela acorda pensando no sonho que teve, mas logo vai para o trabalho. Sonhou que sabia voar. Como é belo seu sonho, Julia caminha tranquilamente num campo coberto de flores. O céu a observa, a chama, e ela apenas caminha, observando a arvore que se move num balé quando o vento a conduz, os pássaros que brincam livres por entre as arvores e o vento, ela sonha. Julia corre até o topo de uma colina, e lá ela espera, e lá ela sorri, o vento a conduz, ela inclina seu corpo para frente e sente seus pés saírem do chão, fecha os olhos e sorri novamente. Seu voo lembra o de uma pipa. Que lindo aquele momento, seu pairar, seu amor pela liberdade. Uma sensação que não sentirá novamente.
Julia sorri, no meio do matadouro, um fedor infernal, ela observa os urubus pairando no ar a espera de alguma carniça, ela se lembra do sonho e deseja de alguma forma ser aquele urubu.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Encontrar-se para que?


Enquanto vagava pelo mundo, a procura de algo para procurar, PAREI, olhei timidamente para dentro de um boteco chamado “O Próprio”. Entrei; vi-me cotidianamente sentado em frente ao balcão. Me encontrei, sentei ao meu lado, pedi uma pinga, e um cigarro –um trago, um gole, um trago, um gole- um tanto embriagado me voltei para meu eu que apenas olhava para o nada, pensei ter encontrado o que procurava procurar. Dei um ultimo trago sorri para mim e fui embora.

domingo, 6 de maio de 2012


O mar está lindo, num vai e vem calmante, mergulho pleno, e lá fico, dentro d’água, lá no fundo, apenas sentido, toda aquela paz, apenas pensando no nada, transcendendo por pensamentos lindos. Falte-me ar, tenho que voltar...  Força, folego, força...