sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Consciência de morte


A vida pede pra morrer,
E soluça e chora e canta,
A vida sofre por viver.

Todo tipo de amor é valido,
Ela ama a morte,
E se chama consciência, com orgulho.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


A felicidade por muitas vezes me deixou(a) triste.

Matemática do esquecimento

Três pessoas, três caminhos,
Cada um por um caminho,
Três pessoas tristes,
Duas perdas para cada pessoa,
Quantas perdas são?

Uma pessoa parada em frente a três caminhos,
Cada caminho com uma pessoa que a esqueceu,
Uma pessoa triste por três perdas,
De três pessoas que um dia o esqueceu.

Uma morte.

Quantas perdas são?
.
.
.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tempos de morte

Estou com um egoísta sentimento de morte,
Uma inútil vontade de deixar saudade,
Essa merda de sentimento,
Querendo que as pessoas sintam realmente minha falta.
Não a essa hipocrisia sentimental e fingida que vejo tanto ultimamente,
Eu quero chorar, acho que sou o único que se apega e sente falta.

A sombra do tempo se esvai,
Pouco a pouco se dissipa, levando toda e qualquer felicidade,
Volto ao meu estado normal de tristeza pacifica.

O tempo a ti nada altera,
O mesmo olhar furtivo que desvia,
Ama-te, pois o sol já se põe
E na noite estarás sozinha.
        Eri Naner


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Liberdade conceitual

Minha mente está linda,
Conformada, gritando que sim,
Enquanto eu apenas fecho os olhos e sinto,

O vento que bate em meu corpo nu,
Uma sensação inexplicável e jamais sentida de liberdade,
De descanso e de fim da dor.

Eu me jogo e nada mais existe,
O encontro com a morte mais uma vez tarda e fico muito ferido,
“pelo menos essa dor me fará esquecer o quanto dói...“

-Você merece...

domingo, 11 de dezembro de 2011

Labuta


Vou chorar em júpiter,
E de meu choro, nascerá uma linda flor,
Então irei até o sol, acender meu cigarro e queimar minha flor,
Pois de nada vale uma flor sem ter a quem dá,
Então ao invés da escuridão, a luz...
O sol de lúcifer queima a flor e acende meu cigarro.

Choroso longe


Quero falar-te, apenas pelo desejo de ser compreendido,
Que te quero ao lado,
Quero que me ames como eu te amo,

Quero chorar em teu seio nu,
Ao mesmo tempo em que me encanto com tamanha beleza,
Quero chorar no ombro de um amigo,
 por saber que não me amas
mas eu apenas te amo, e te quero,
e  nada mais vale nesse momento.

Entrega-te a alguém,
E seja feliz,
É nesse tempo de tua felicidade que morro,
A cada vão segundo, que passa e apenas aguardo
A linda amante, nua, que me dará o seio após a morte...
Estarei longe, chorando feliz.

 Eri Naner

Angustia Paradoxal

Tornei-me escravo, duma vontade,
De um desejo, e mais forte que tudo, de um sentimento,
Como nunca haveria de ser,

Num inexplicável desejo de ter,
Numa inexplicável angustia de não ter,
Que perdura, até hoje, e amanhã,
Até depois de te ter,
Ficarei com essa angustia, de não ter.
Talvez, simplesmente não queira ser eu.

Evolução do Mundo

-Mãe, tenho que ter um papo serio com a Senhora
- Fala.
-Eu to pensando em me suicidar, aconteceu umas paradas ai, e eu acho que ta foda pra viver
-Ta bom, mas vê se não suja a casa.

Indefinições de caráter

Sempre com mascaras bem pintadas,
Mostrando o bem ou o mau,
E quando as tiro, uma indefinição cai,
E assusta, pois não sou bom ou mal,
Feliz ou triste,
Não choro nem riu,
Eu sou um nada, que deseja, mas não realiza o desejo,
O cara que chora e ninguém vê.
        Eriko Renan
Quero dormir,
Dormir e não mais acordar,
Para esquecer todos aqueles problemas,
Tais que deveriam ser dádivas,

Ou então acordar,
Do maldito pesadelo,
Onde dádivas são problemas,
Onde a benção é maldita e inaceitável.

    Eriko Renan
Hoje eu quero chorar sem motivo,
Quero sorrir e cantar,
Sai hoje, fui para rua, como todos os dias,
Hoje eu fui para rua nua, como nunca.
Hoje eu vi que aquilo que me veste não sou eu,
Então chorei e sorri quando vi quem era eu.
        Eri Naner

domingo, 27 de novembro de 2011

Prazer em ver

Tinha um rosto branco,
Uma pele muito linda, e os cabelos também brancos,
Passou os últimos cinqüenta anos com papel e caneta nas mãos,
Todos os dias, em casa,
Tentando pensar em algo que pudesse ser escrito.

Nesses últimos tempos,
Já não havia desespero em suas lagrimas,
Não sofria por sua falta de... digamos assim: inspiração ou talento
Apenas se continha em pegar o papel a caneta e fechar os olhos,
Por varias horas.

Num certo dia, fechou os olhos numa tranqüilidade inexplicável
Por alguns segundos teve uma paz revigorante,
Então abriu os olhos com um pensamento perfeitamente feliz,
Tinha algo para escrever:

“O silencio belo e solitário,
Nada mais é que a vontade de Sr. Feliz,
É mais fácil amar o sofrer
Que sofrer por amar,
Mas quem disse que isso basta?”

Depois de tanto tempo,
Não escreveu, não tinha papel ou caneta em suas mãos,
Escutou um apito bem no fundo do ouvido,
(Daqueles que ninguém sabe por que escuta)
E viu uma agulha em seu braço,
E um anjo de pele negra, nu, com uma beleza inimaginável.
A morte apenas olhou e se conteve em dizer:
_Recite para mim.
                Eriko Renan

domingo, 20 de novembro de 2011

Meu Portal

Saudades do Meu Portal, aquele velho e belo mundo dos sonhos, meu quarto, meu quintal, (ah o meu quintal, uma floresta, tinha o bicho do mato, um quintal-mundo gigante e inexplorável) minha mente. Saudade do que existe e não mais vejo. Em certos momentos, algumas pessoas me levam pra esse mundo desconhecido, mas nunca é tão fácil feito um dia foi. Não sonho mais feito antigamente, não escrevo mais como sonhei que escrevia.
                            Renan Araujo

domingo, 25 de setembro de 2011

O cheiro do poema


Os olhos fundos,
Por culpa do não sono da noite anterior.

Por um momento ela sorri,
“porque estou sorrindo?” pensou.
Mas ela sabia perfeitamente que aquilo era alivio.

Um momento depois caiu em si.
E a ultima coisa que pensou foi:
_estou me repreendendo até em minha morte.
                                               Eriko Renan

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A vida, uma rápida morte



Sobre a mesa, apenas um copo, com dois ou três dedos de vinho.
-Alguém esteve aqui, e bebeu de meu vinho.
As nuvens estavam lindas, pareciam cachoeiras, de um cinza escuro e um tom alaranjado por culpa do por do sol.
-Você está sangrando!
-Não, eu estou chorando com todo meu corpo, talvez por dor, raiva ou...
-Lembro-me de nada além de velas ao redor de minha cama...
-... e de meu cachorro, que morrera alguns dias antes, com um olhar que não sei explicar, mas me passou saudade. Déjà vecu.
                               Eri Naner

sábado, 20 de agosto de 2011

Hoje eu quero chorar sem motivo,

Quero sorrir e cantar.

Sai hoje, fui para rua, como todos os dias,

Hoje eu fui para rua nu, como nunca.

Hoje eu vi que aquilo que me veste não sou eu,

Então chorei e sorri quando vi quem era eu.

Eriko Renan