domingo, 25 de setembro de 2011

O cheiro do poema


Os olhos fundos,
Por culpa do não sono da noite anterior.

Por um momento ela sorri,
“porque estou sorrindo?” pensou.
Mas ela sabia perfeitamente que aquilo era alivio.

Um momento depois caiu em si.
E a ultima coisa que pensou foi:
_estou me repreendendo até em minha morte.
                                               Eriko Renan

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A vida, uma rápida morte



Sobre a mesa, apenas um copo, com dois ou três dedos de vinho.
-Alguém esteve aqui, e bebeu de meu vinho.
As nuvens estavam lindas, pareciam cachoeiras, de um cinza escuro e um tom alaranjado por culpa do por do sol.
-Você está sangrando!
-Não, eu estou chorando com todo meu corpo, talvez por dor, raiva ou...
-Lembro-me de nada além de velas ao redor de minha cama...
-... e de meu cachorro, que morrera alguns dias antes, com um olhar que não sei explicar, mas me passou saudade. Déjà vecu.
                               Eri Naner