quarta-feira, 12 de março de 2014

Chorava pelos pulsos a dor que escorria vermelha. Cantava com alegria “Fita Amarela”. Sentia que descobriria a morte, mas que com sorte não existiria algo além do que via azul. Mas se existisse, desejava que fosse verde, que não fosse o inferno, mas queimasse deixando tudo mais belo. De repente, tudo ficou preto, e sentiu que seu corpo se despedaçou e caiu no infinito... Com esforço abriu o olhos. Tudo se movia, dançava. Existiam todas as cores possíveis, e ainda mais belas que antes... Sua boca amargava e sua pupila dilatava...

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Não precisava de bebidas alcoólicas ou drogas do tipo. O caminhar num lugar que há muito tempo não caminhava, não via as cores, nem sentia o cheiro, me embriagava por completo. Aquela sensação nostálgica e amedrontadora de mudança, de medo do desconhecido, sempre me fascinou, tenho consciência disso, mas não tinha a consciência presente. Foi estranho perceber que eu estava entendendo meus sentimentos ao retornar aquele lugar, perceber minha completa embriagues. Essa percepção sempre acontecia, algum tempo após esses sentimentos se extinguirem. Sorri com tudo aquilo, como me fazia bem. Pensei em pegar um ônibus e resolver logo a situação, principalmente por facilitar a direção a ser tomada. Desisti no primeiro segundo da ideia. Fui a pé, e toda embriagues se foi no suor.