sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A vida, uma rápida morte



Sobre a mesa, apenas um copo, com dois ou três dedos de vinho.
-Alguém esteve aqui, e bebeu de meu vinho.
As nuvens estavam lindas, pareciam cachoeiras, de um cinza escuro e um tom alaranjado por culpa do por do sol.
-Você está sangrando!
-Não, eu estou chorando com todo meu corpo, talvez por dor, raiva ou...
-Lembro-me de nada além de velas ao redor de minha cama...
-... e de meu cachorro, que morrera alguns dias antes, com um olhar que não sei explicar, mas me passou saudade. Déjà vecu.
                               Eri Naner

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